Mulher deitada com uma mão posicionada na barriga, realizando autoexame para verificar diástase pós-parto, ambiente aconchegante e iluminado

A diástase pós-parto é mais comum do que parece — e, ainda assim, muitas mulheres passam meses (às vezes anos!) sem saber que têm.

Se você está percebendo uma mudança no abdômen, uma “barriguinha” que não volta ou um desconforto no core, respira: você não está sozinha. 💛

Neste guia, você vai entender como identificar a diástase, o que fazer nos primeiros dias e o que evitar para não piorar o quadro. Tudo de forma simples, acolhedora e segura.

O que é diástase pós-parto?

Durante a gravidez, os músculos retos do abdômen se afastam para dar espaço ao crescimento do bebê. Para muitas mães, esse afastamento retorna ao normal. Para outras, permanece — e isso é a diástase.

Esse espaço pode causar:

  • sensação de “barriga estufada”
  • fraqueza no core
  • dor nas costas
  • dificuldade para manter postura
  • flacidez persistente

A boa notícia? Tem solução — e começa com o passo certo.

Como saber se eu tenho diástase?

Você pode fazer um autoteste simples em casa:

  1. Deite de barriga para cima.
  2. Dobre os joelhos.
  3. Coloque uma mão no centro da barriga, acima do umbigo.
  4. Levante a cabeça suavemente, como se fosse iniciar um abdominal.
  5. Sinta com os dedos se existe um espaço entre os músculos.

Se os dedos “afundam” e existe um vão perceptível, isso indica uma possível diástase.

⚠️ Observação importante: o autoteste não substitui uma avaliação profissional, mas ajuda muito a ter uma noção inicial.

A diástase tem graus diferentes?

Sim. O afastamento pode variar bastante entre as mulheres, e isso muda o tipo de exercícios e tratamento recomendados.

Os graus mais comuns são:

  • Leve: até 2 cm
  • Moderada: 2 a 4 cm
  • Grave: acima de 4 cm

Quem define isso com precisão é o fisioterapeuta especializado em saúde da mulher — especialmente com ultrassom funcional.

O que fazer primeiro ao perceber diástase?

Antes de pensar em treinos ou restrições, siga estes três passos:

1. Evite exercícios que pioram a diástase

Incluindo:

  • abdominais tradicionais
  • prancha (no início)
  • corrida muito cedo
  • movimentos que “estufam” a barriga
  • pegar peso de forma brusca

2. Comece a ativar o transverso do abdômen

É o músculo profundo responsável por “segurar” tudo no lugar.

Para começar a ativar o transverso do abdômen, deite-se de costas com os joelhos flexionados e os pés apoiados no chão. Inspire profundamente e, ao expirar, contraia a parte inferior do abdômen, como se estivesse puxando o umbigo em direção à coluna. Você deve sentir a contração na área abaixo dos dedos, que estão posicionados cerca de dois dedos para dentro e para baixo a partir dos ossos do quadril. Mantenha a contração por cerca de 10 a 15 segundos, respirando normalmente. 

Passo a passo:

  • Posição inicial: Deite-se de costas no chão, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
  • Posicione as mãos: Coloque as pontas dos dedos sobre os ossos do quadril e deslize-os para dentro e para baixo (cerca de 2,54 cm).
  • Inspire: Respire profundamente.
  • Expire: Expire lentamente, contraindo a parte inferior do abdômen e puxando o umbigo em direção à coluna.
  • Sinta o movimento: Você deve sentir o músculo transverso contraindo sob os seus dedos.
  • Mantenha a contração: Mantenha a contração por 10 a 15 segundos, respirando normalmente.
  • Repita: Repita o exercício algumas vezes

Ou se preferir, siga esses passos simples neste vídeo do instagram

3. Busque um especialista em fisioterapia pélvica

Eles são os profissionais mais preparados para:

  • medir sua diástase com precisão
  • indicar exercícios corretos
  • reeducar postura e respiração
  • orientar sobre faixas e acessórios adequados

Quanto tempo leva para melhorar?

Depende do grau da diástase, do tipo de exercício e da regularidade.

A maioria das mulheres nota melhora entre 8 e 12 semanas com orientação adequada.

A boa notícia é que, mesmo anos depois do parto, ainda é possível melhorar — nunca é tarde.

Posso treinar normalmente enquanto tenho diástase?

Sim, mas com adaptações.

O ideal é focar em:

  • fortalecimento do transverso do abdômen
  • exercícios funcionais
  • respiração coordenada
  • alongamentos
  • movimentos que não aumentam a pressão intra-abdominal

Treinos intensos podem voltar aos poucos, sempre respeitando o corpo.

Quando devo procurar um médico ou fisioterapeuta?

Busque ajuda quando:

  • sentir dor persistente
  • notar estufamento exagerado ao se exercitar
  • houver fraqueza intensa no core
  • desconfiar de hérnia associada
  • a diástase impactar sua rotina

Quanto mais cedo a avaliação, mais rápido e seguro é o processo de recuperação.

perguntas comuns sobre diástase pós-parto

A diástase some sozinha?

Em algumas mulheres, sim. Mas depois de 3 meses do parto, é menos provável sem exercícios direcionados.

Amamentar interfere na diástase?

Não atrapalha — mas pode “segurar” alguns hormônios que influenciam na firmeza dos tecidos.

Preciso usar faixa abdominal?

Depende. Algumas mulheres se beneficiam, outras não. Quem define é o fisioterapeuta pélvico.

Já tenho 1, 2, 5 anos pós-parto… ainda dá pra recuperar?

Sim! O corpo é adaptável por toda a vida.

⚠️ Disclaimer Informativo

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui consulta com fisioterapeutas ou médicos especializados em saúde da mulher. Sempre busque orientação profissional antes de iniciar qualquer tratamento. 💛

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Marina Castro

Sobre o Autor

Marina Castro

Marina Castro é mãe e especialista em comunicação e design, apaixonada por criar conteúdos acolhedores para mães no pós-parto. Vivendo na prática os desafios de recuperar saúde e autoestima, ela ajuda outras mães a se sentirem apoiadas, confiantes e motivadas na sua jornada de bem-estar.

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