Sim, é possível emagrecer amamentando — e de forma totalmente saudável.
Mas esse processo precisa ser cuidadoso, leve e respeitar o corpo materno, que ainda está em recuperação do parto e produzindo leite todos os dias.
Se você sente que:
- seu corpo está mais inchado que o normal
- a fome parece fora de controle
- a barriga demora a desinflamar
- as roupas não voltam a servir,
- você não reconhece totalmente sua silhueta…
fique tranquila: tudo isso é normal.
Este guia vai te mostrar exatamente como acelerar o emagrecimento naturalmente, sem dietas malucas e sem reduzir a produção de leite.
1. Entenda como o corpo funciona durante a amamentação
Durante a amamentação, seu corpo pode gastar de 400 a 700 calorias por dia só para produzir leite.
Ou seja, teoricamente, o emagrecimento deveria ser natural.
Mas fatores como:
- privação de sono
- altos níveis de estresse
- retenção de líquidos
- metabolismo mais lento
- e fome aumentada pela demanda energética…
fazem esse processo ficar mais lento.
Por isso, a estratégia não é comer menos: é ajustar a alimentação e o estilo de vida para trabalhar a seu favor.
2. Coma alimentos de alta saciedade (e muita nutrição)
Uma das chaves para emagrecer amamentando é controlar a fome — e isso só acontece quando você come alimentos que seguram a saciedade por mais tempo.
Foque em:
- ovos
- abacate
- iogurte natural
- feijão e lentilha
- aveia
- frango ou peixe
- frutas com fibra (pera, maçã, kiwi)
Esses alimentos reduzem compulsão, estabilizam glicemia e facilitam o emagrecimento sem esforço.
Evite depender de carboidratos simples o dia inteiro (pão, bolacha, bolo), pois eles pioram a fome e aumentam o acúmulo de gordura abdominal.

3. Faça o prato 50/25/25 — simples e eficiente
Uma forma eficiente e sem restrições para emagrecer amamentando é montar seu prato assim:
- 50% vegetais (crus, cozidos ou salteados)
- 25% proteína (frango, peixe, ovos, carne magra, tofu)
- 25% carboidrato natural (arroz, mandioca, batata, quinoa)
Essa divisão mantém o açúcar no sangue estável e melhora o metabolismo, reduzindo ataques de fome ao longo do dia.
➡️ Não pule refeições
Muitas mães fazem isso porque o dia está corrido.
Mas pular refeições aumenta a compulsão no período da noite, fazendo você consumir mais calorias sem perceber.
Coma a cada 3–4 horas, mesmo que seja pequeno:
- 1 fruta
- Iogurte
- 1 punhado de castanhas
- 1 fatia de queijo
- Ovo cozido
Tudo isso ajuda a manter o metabolismo ativo.
4. Beba água antes de ficar com sede
A desidratação aumenta o cansaço, parece aumentar a fome e ainda interfere na produção de leite.
Por isso, a regra é: beba água de forma preventiva, não só quando a sede aparece.
Tenha sempre água em pontos estratégicos da casa:
- ao lado da cama
- na sala
- na mesa de trabalho e na bolsa.
Água + amamentação = metabolismo funcionando melhor. 😊

5. Troque lanches rápidos por lanches estratégicos
A fome pode aparecer de repente no pós-parto.
E se você não tiver opções prontas, acaba comendo o que aparece — normalmente doces, bolachas ou pães.
Trocas eficientes:
- maçã com pasta de amendoim
- iogurte natural + frutas + chia
- ovo cozido com sal e azeite
- castanhas + fruta
- tapioca com queijo fresco
Esses lanches seguram a fome e equilibram energia sem afetar o leite.
6. Evite dietas restritivas — elas prejudicam o leite
Dietas muito restritas:
- reduzem drasticamente energia,
- aumentam irritabilidade,
- derrubam a produção de leite,
- elevam o risco de compulsão alimentar.
O foco é qualidade, não quantidade.
Comendo bem, você emagrece amamentando sem sofrimento.
7. Dormir pouco atrapalha MUITO o emagrecimento
Se você dorme picado (o que é normal), seu corpo produz mais cortisol.
Cortisol alto aumenta:
- fome,
- retenção,
- estresse,
- acúmulo de gordura no abdômen.
🟣 Solução possível:
Tente cochilos estratégicos de 20–40 minutos — eles regulam os hormônios e reduzem a fome emocional.
8. Faça caminhadas curtas (10–20 min), mesmo cansada
Não pense em “emagrecer correndo”.
A meta no pós-parto é ativar o corpo, não desgastá-lo.
Caminhar:
- reduz o inchaço,
- melhora circulação,
- libera endorfina,
- acelera o metabolismo.

9. Avalie a diástase antes de treinar a barriga
Muitas mães engordam mais porque treinam errado.
Se houver diástase, exercícios tradicionais de abdômen pioram o problema.
Procure observar:
- barriga mais “pontuda”
- sensação de fraqueza no centro do tronco
- buraquinho entre os músculos ao deitar
Se suspeitar, comece com exercícios respiratórios e de ativação profunda do core.
10. Reduza o excesso de sal e açúcar — são sabotadores silenciosos
O sal causa retenção e inchaço.
O açúcar gera fome emocional e compulsão.
Faça trocas simples:
- refri → água com limão
- doce → fruta com canela
- salgadinho → castanhas
Cada pequena troca soma no resultado final.
11. Drenagem linfática (manual ou em casa)
Uma excelente aliada para:
- desinchar,
- aliviar dores,
- reduzir barriga,
- melhorar circulação.
Pode ser feita com profissional ou com equipamentos domésticos aprovados.

12. Seja gentil com o seu corpo
Seu corpo gerou uma vida.
Ele não está “errado”.
Ele está se recuperando.
O emagrecimento amamentando acontece — mas no tempo certo.
Você não precisa:
❌ sofrer
❌ passar fome
❌ competir com outras mães
❌ odiar seu corpo
O processo é leve, gradual e realista.
Conclusão
Emagrecer amamentando é totalmente possível — e acontece naturalmente quando você combina:
- alimentação inteligente,
- hidratação,
- descanso possível,
- movimento leve,
- autocuidado,
- paciência.
Com esses 12 passos, você cria uma rotina compatível com a maternidade real e vê o peso ir reduzindo com suavidade, sem culpa e sem prejudicar o leite. 💛
